25º Aniversário dos Tunideos

(c) Hugo Moreira - Foto de Grupo, entrega de recordação pelos 25 anos
(c) Hugo Moreira

Fotografias por Hugo Moreira

“A alma de um Tunídeo, é a alma de um cantor, a alma de um poeta trovador” e como dizia Florbela Espanca “Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens” é “ser mendigo e dar como quem seja”. 

No fundo, os 25 anos de história dos Tunídeos é isto, 25 anos de música; de serenatas; de dar à cultura regional sem nada pedir em troca; de, por vezes, dar sem receber o mínimo que é aceitável; contribuir para algo que é maior do que o individual; contribuir para a história, deixar a sua marca da história… 

Quem nunca recordou a sua cidade ao som da nossa “Doce Ponta Delgada”? 

Quem nunca correu os Açores no “Corrido das Ilhas”? 

Quem nunca se perdeu de amores na “Rua da Saudade”? 

Podemos, claro, afirmar que ser Tunídeo, é ser parte da história, são diversos os marcos deste grupo musical, os feitos e as suas conquistas, mas… será que ser Tunídeo é só ser música? 

Os Tunídeos são muito mais do que música, são o ser e a essência estudantil na sua forma e génese. 

Quem vive nestas andanças académicas, quem da sociedade convive com a universidade sabe bem que ser estudante é muito mais do que ser aluno. É respirar irreverência; é lutar e ser o que se acredita; é viver à flor da pele; é aprender e crescer como pessoa que participa, que decide e que vive. 

Os Tunídeos são assimirreverentes, lutadoree confiantes na sua forma de ser.  

Os 25 anos falam por si, são sinónimo de história e persistência; de ser mais do que o homem; de viver em inquietação, de querer ser maisde o ser. E continuar nessa sede de o ser, sendo-o efetivamente. 

Nesta pequena homenagem de autores não podia deixar também de referir o grande cantautor recentemente falecido, que resume em grande parte a forma de estar dos nossos Tunídeos, José Mário Branco. 

Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer 

Qualquer coisa que eu devia resolver 

Porquê, não sei 

Mas sei 

Que essa coisa é que é linda 

A vossa vontade; a vossa irreverência; a vossa e, no fundo, nossa batalha; a vossa inquietação de ter qualquer coisa que fazer, de ter qualquer coisa por resolver, a vossa e, um pouco, nossa história é que é linda! 

Bem hajam aos Tunídeos, bem hajam às Tunas da Universidade dos Açores, bem-haja a nós, que somos a nossa casa! E claro, bem-haja à nossa casa que nos une e nos traz aqui, a Universidade dos Açores! 

Parabéns Tunídeos! 

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